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dia

sábado, 25 de julho de 2009

anistiada

Na circunstância das últimas
venho-te confirmar minha amnésia 


Em face da problematização aquiescente dos seus olhos
deixo-me o sono dos justos

ou

Na promoção das causas sem razão
uma lapela relativizada de vermelho
em sua homenagem

(mande um beijo pro meu recital vazio)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

sentei-me pra anunciar o colapso de todas as fronteiras e
tenho enganchada na cabeça a bênção da visão, que
me absorve em superfícies de uma consciência mediúnica -
profetizando as formas na antevisão que se manifestem.

no padrão denso de todas as coisas invisíveis, talvez
fisiologicamente desleixadas por dentro -
na correnteza mental desses ampéres brandos - há
ordem externa - que é um modelo pra desordem,
que esconde em si o turbilhonamento esfuziante da 
ordem interna

estou surpreso de sombra e contemplo
o descortino das fantasias virentes que a natureza expira
na sístole de todos os movimentos - abismados na voz
que se sabe existir antes que fale

dou um passo moral da insistência pra fora:

a beleza é um nome pra regra de 3

terça-feira, 7 de julho de 2009

tormenta

tempestades me excitam como se o céu me trovejasse por dentro 

e a meia-luz me confina intima


deixada a cor me arrepia caricia calada

e exagero um halo lampejado da boca, tanta

tremo sóbria de facilidade, 

porque as sugestões são as formas mais delicadas de controle


me descarrego estática por fora do êxtase -

rarefaço sentindo plena e a chuva me percute na borda da pele


minhas extremidades afundam em sobras de vida 

como o corpo ainda estranha um vazio dissimulado

dissipo a nudez para me despir de nada



e me deito fiel ao tato, quando todo dia claro me apavora.

psssssssiaoosjdoaijda´-psodkjq-w0djm dowjdsoidn isandasdwjidjaoisdmlqwkdmpsdqwokdpçsdqlwdaisdandjjfhgheurytieuydoaksmckdjflsdflkjalskdjasd

quinta-feira, 2 de julho de 2009

o encadeamento do título, que se pretende dedicar, como um poema de amor

I


talvez eu esteja sentimental -


mas um fractal te floriu de olhos nos olhos cerrados

e estranhando um beijo à força ele subiu à sua cabeça :


II


/*e com vcs*/ ladeando a gola delonga a nunca o pescoço

o pulo do gato! :


III


q chovam fios desse crânio até os joelhos,

enquadrada no ecrã místico da miopia

serás a juventude remota da imaginação

e a fina flor da expectativa


cartografada no romance das constelações - um calendário

que és, qual o dipolo do conceito contradiz



IV


o amanhã não chega ou não é suficiente