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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

fatalismo

'não posso parar' disse pela terceira vez, acompanhando o ruído dos trilhos chiando do agudo ao grave numa cadência desistente.
'não posso parar'
'a escolha é sua' ela cuspiu as palavras entre dentes com pouca convicção e a saliva das sílabas pendeu de seus lábios por um breve segundo
'meu deus', um sinal luminoso acendeu circulando a maçaneta eletrônica. 'a verdade é que sinto, sinto mais que nostalgia ou saudade, sinto pressa' - Estação terminal, o desembarque é obrigatório