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dia

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Desfio Ariadne

I) Frustro-me por hábito, como quem respira:
Sublimo minha consciência por consideração.

II) Sou preguiçosamente oblíquo no meu próprio alfabeto
Inepto pra dizer que se ama;

III) Dedico-me à frivolidade do transe mudo
Pra guardar comigo tudo que não sei

IV) Condenso meu despropósito nos gestos que
Aspiram abstratamente minha imaginação,

V) Estou para ti como a miopia

Abra seus olhos

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Anelegia - ouisense

Sirvo-me a ti como a bandeja
Transidamente plana no espasmo da vista ela
Golpeia

À força de todas as induções sou óbvio:
Espumante - num estampido, da cobertura
À marquise de creme

Do que se leva na consciência desfolhada
Trago (deus) e a viscosidade do movimento
Rajado no coorte

Despe(r)diçado

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Principia(nte)

- Todos os processos são infinitos e infinitesimais

O processo transita mudo

Projetar é espelhar a perspectiva num espaço arbitrário

O projétil imagina os olhos

Magicamente capturo-me na expectativa - olho

Crio por despedir-me de mim - é o pedaço que fica

A conjunção enuncia a descontinuidade

O Universo é discretamente contínuo

O continuum das canções é precipitação

Existe uma profundidade latente na minha consciência: devo buscá-la ou morrer