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quarta-feira, 24 de março de 2010

ossos do ofício

eu sei que importa
(e é o que me está dito no exercício de desertar-me
verso a verso num milhão de coerências)

e se importa
(no que a impostura intelectual da poesia sugere
todos os ardis nos vínculos do sentido)

por quê
(se o elo aprisiona mais que a corrente
e um homem é muito mais do que todos)

eu digo?

segunda-feira, 22 de março de 2010

lagoritmo

é do poro no viso flanante que a presença vaga
e de quanto que a onda dobra insinuosa
desacopla a borda fronte ao exponte onde
na multivaluação do reflexo
narciso contempla um eixo imaginário

e é da esfera no limiar da implicação que a casca
do centro do mundo inteiriço em todas direções
diverge por contra-intuição

dimensa

e asfixia discretamente em anéis