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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

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avisa aos animais que eu trouxe um fermento que
inspira as suas ideias e expira um licor
de sonhos dessa multidão desavisada
que são essência-atividade
primazia e necessidade,
precisão de ser

eu trouxe também um nome que não pode ser dito
é como um segredos dos sons, fica entre eles.
por conta disso parece uma novidade,
lacuna a ser preenchida pra ser qualquer coisa,

espaço negativo, um oportuno
evangelho ativo em suas omissões
poder puro, trono de silêncio em que deus
repousa

Sólido


          conjuga as

capacidades  ou faculdades
nesse dote frágil de vida

em frasco
uma oportunidade tácita
na calada da língua
que pensa:

dizer é manifestar, conjurar
soletrar é alçar a forma
em cadeia a cadência

o substrato
das coisas coesas
o anti-vácuo
em costura interior

a alta integração
autoaderente



terça-feira, 19 de junho de 2018

Capital Aberto




segredo algum, mistério
rasga o mapa das expectativas

na tração indiferente de um medo abstrato
a gravidade inversa da ambição

vontade de poder e a posse entrelaçadas
em lances inúmeros,
colecionam a pujança das crises

são touros dourados de um lado
selvagens domando os mestres

e ursos pardos antecipando no vazio
o salto dos salmões
na contracorrente


segunda-feira, 21 de maio de 2018

cruza cigana

Manouche flui pelo quarto que é sala e salão aceito como sim
assim dizendo sozinho pro mundo inteiro meu eu primeiro que gargalha
da evidência, a flagrante fita do flagrante, ou simplesmente, o flagra.
eu tenho e sou isso que parece ou que aparece ralentando ou acelerando
vou transformar tudo nisso aqui e aí

Tava pensando -

A inabilidade de tirar os olhos de você que impossível fazer isso que
é imediato nessa alternância de atenções e distrações all of me é tudo de mim
um salão, como eu dizia, uma pia de batizar boêmio ou um pio de cantar
a piedade pra nossas pobres almas o senhor seja e a senhora injusta
quanto custa a justiça ou aprecia a carícia simplesmente tão ingenuamente
a prova da cova sabor pesto isto que o cobra cobra quando a serpente morde
 ou sorri oferecendo esse parcelamento dando um salve pra turma dos
velhos tempos e saudações pra juventude e um beijo pras irmãs e pros
irmãos uma coisa que é real não sei porque e nem quero
tendo vencido o medo, a clareza me é generosa de se atravessar
tendo o poder só me resta ser o velho que já sou e sempre fui, afinal
a febre começou faz muito tempo, não é uma coisa tão nova não
quer se provar mas por autoevidente embalada no trend pasmo de sucesso
sou igual a essa aparição incoerente na gomes freire, um fantasma
risonho batendo o ponto na música de cada de dia, esperando que
nunca chegue o final, descendo a quarta avenida que é como seria
em outra realidade nessas outras vidas que merecem atenção comparável
aquela que se presta a presente ou subindo santa tereza
no galope das minhas arritmias sentimentais capazes de resultarem
cardíacas eu desejo você que me espera no alto da ladeira
vendo que alguém vem porém sem jamais jamais suspeitar quem eu
cruzei pra te encontrar aqui

quarta-feira, 2 de maio de 2018


Sonho tomar outra forma que não esta, ou esta a minha, esta que está ou que é
Sonho o pico do hormônio, o desenho da sensação, sua estrutura, a função resposta do estímulo, dobrada a tensão sobre a mielina, sonho esse inferno do desejo explodindo como lembrança viva, manifestação de hoje e agora ontem; um longo tiro que emerge da minha medula e busca o espírito