Há uma linguagem pessoal e intransferível
de si para si, cuja gramática se flexibiliza pela intuição.
Não é verbal ou simbólica - e mistura-se
pelo formato fluido que lhe confere a turvação do pensamento.
Não é necessariamente sinestésica mas toma o seu tom
Emprestado de todos os sentidos.
Nunca se perde porque seus conectivos
não se relacionam com o tempo ou com a memória;
Mas também nunca se detém num significado pontual.
A identidade é uma suposição de linguagem,
Ainda que desastradamente tolhida pela boca.