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segunda-feira, 30 de maio de 2011

com as tripas

Parece que dançam esses apelos
Pelos infinitos bailes do afeto;
Será que é prova de amor feito zelo
O sabor de provar o amor completo?

Se é na alma o que é na carne contrário;
Ou se há na carne tanto e tanto assiste
À Natureza em replicar-se um páreo,
Quanto se contraria o que existe?

Qual forma do amor quer? Qual apetece?
Como é estranho, e a estranheza tece
Algum manto que veste a solidão...

Sei que te amo; te amo e te quero
Inteira aos pedaços; pra quê mistério?
Tudo é desilusão ou ilusão.

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