A felicidade existe, e é pura
Completa, ela é una e multiplica
Vária, ela é inteira plena e se replica
Eterna, ela é passada, ela é futura
Terna tanto quanto é terno o amor
Verdadeiro como ela é verdadeira,
Ela é total, e anima todo humor
À sua imagem última, primeira.
A felicidade é simples, é vã
Despropositada e até insolente
Pra sorrir em segredo nesse breu
Ela é madrugada, ela é manhã
Que a gente escolhe saber iminente
Ela é a escolha, e é minha, sou eu
Todo
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
A Fortuna é irmã da Cegueira
E vou possuí-la assim, mulher;
Misticamente moça, primeira,
À maneira apenas que ela é.
Mas há de ser outra no futuro
Quando em outros braços for feitiço
Pra cegar até um herói mais puro
Na escravidão total que é só isso.
Eu, irmanado a angústia, nasci,
Por quê negar a minha raiz
Com tanta ironia que há no mundo?
Vou viver da chance de exibir
Meu charme, mas serei infeliz
Infeliz lá no fundo, no fundo...
E vou possuí-la assim, mulher;
Misticamente moça, primeira,
À maneira apenas que ela é.
Mas há de ser outra no futuro
Quando em outros braços for feitiço
Pra cegar até um herói mais puro
Na escravidão total que é só isso.
Eu, irmanado a angústia, nasci,
Por quê negar a minha raiz
Com tanta ironia que há no mundo?
Vou viver da chance de exibir
Meu charme, mas serei infeliz
Infeliz lá no fundo, no fundo...
confidência #2
Sou desonesto pra servir, e sou
Desalmado de se amar, sou ingrato
Eu sou pueril e ignoro o fato
Da vida, e de estar aqui, onde estou.
Não sei me articular, não propriamente
Já que estou inerte e não reconheço
Meu sonho, todo esforço desconheço;
Toda memória, eu desconfio, mente.
Mas é potente a conjuntura, grande
E me empurra nessa maré que insiste
Em surpreender minha natureza
Que é enganar; já me engano, enganante
Pra se destruir meu corpo resiste;
Vou me agigantar na minha baixeza.
Desalmado de se amar, sou ingrato
Eu sou pueril e ignoro o fato
Da vida, e de estar aqui, onde estou.
Não sei me articular, não propriamente
Já que estou inerte e não reconheço
Meu sonho, todo esforço desconheço;
Toda memória, eu desconfio, mente.
Mas é potente a conjuntura, grande
E me empurra nessa maré que insiste
Em surpreender minha natureza
Que é enganar; já me engano, enganante
Pra se destruir meu corpo resiste;
Vou me agigantar na minha baixeza.
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