Todo

Todo
dia

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

confidência #2

Sou desonesto pra servir, e sou
Desalmado de se amar, sou ingrato
Eu sou pueril e ignoro o fato
Da vida, e de estar aqui, onde estou.

Não sei me articular, não propriamente
Já que estou inerte e não reconheço
Meu sonho, todo esforço desconheço;
Toda memória, eu desconfio, mente.

Mas é potente a conjuntura, grande
E me empurra nessa maré que insiste
Em surpreender minha natureza

Que é enganar; já me engano, enganante
Pra se destruir meu corpo resiste;
Vou me agigantar na minha baixeza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário