estou possuído
por um par de olhos hipermétropes
no pouso do marasmo
meus deuses
esfumaçaram suas figuras familiares
irreconheciveis
em igual medida
eu respiro
vagarosamente
o ar umidamente pesado
de uma sugestão amazônica
por um processo análogo,
eu amo
alguma coisa que não existe
e a ela apenas
devoto toda compaixão
pelo sacrifício
dos dias
na vaidade comovida
de um abraço fraternal
acompanhado secretamente
por um deja vu
(de minha parte)
estou possuído
pela inconstância da vontade
e pelo pessimismo
que se exprime
como uma língua comum,
e toca
falsamente
a alma do mundo
Todo
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
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Senti pena do poema solitário, faço companhia
ResponderExcluirBom demais cara!
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