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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Paráfrase

Qual é a força moral do gesto?- Diga-me; se
a hipocrisia de estar parado é transcendência -
Hoje, que meus cabelos longos desvanescem.

Qual é a ensejo pra língua?
E o desperdício de se ter um propósito;
Ontem, que foi o sonho dos poentes.

Amanhã - se o tempo passar onde
estarás mesmo? Porque eu gostaria de
Estar dizendo algo de intrigante;

Sempre - porque a memória conta hoje
Como o foco doce que embota as formas;
Ainda que seja errado negar as próprias convicções.

E Nunca - porque os sentidos são penas anti-horárias
Registrando os esquecimentos discretos
Em seus próprios alfabetos - circularmente.

7 comentários:

  1. Quando você realmente está atrás de comentários eles nunca vêm.

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  2. A única vantagem de comentar um poema desses é que eu posso ser reles, senão já me teriam esgotado os comentários de há muito. Comentar no seu blog é, pra mim, um impulso contraditório de necessidade e inépcia.

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  3. Gostei muito da idéia da distorção da memória - "o foco doce que embota as formas" - e dos sentidos girando em torno de si mesmos, em "esquecimentos discretos". Pra mim é bem real - é fácil se deixar levar;
    ...e provavelmente amanhã não estaremos mais no mesmo lugar
    xD

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  4. Para que comentarios, eles sao apenas meros pontos de vista alheios a sua sobrenatural percepção de realidade! Que tu, então, regurgites apenas atraves da grandeza da obra criada. Continue assim leskson!

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