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Todo
dia

quarta-feira, 24 de junho de 2009

duna

tenho pasmado areia pelos olhos de manhã

deitado como um lagarto encimo a penumbra (
esquartelada na consciência de que se deita sobre si) e
de mais a mais disponho a face escura do relevo no
conforto da desaparição.

travesso me tolero a nuca num vale raso e
forçosamente movediço na seqüência eventual das coisas
precipito a imaginação constrita a um só sentido oeste

ainda que vistosa a paisagem nunca transfigura

e a duna escama em sopros de vigília
e a duna escama em sopros de vigília
e a duna escama em sopros de vigília
e a duna escama em sopros de vigília
(...)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O Aroma da Amora, ou ainda, Por Que Chocar

a multitude trasladada de cabelos tomba na fronte do mundo sorrindo
- surreal

a linguagem desfigura a língua na turvação do inconsentido
- inconsciente

a realidade frágil do desencanto quase te traveste
- atravessada

Deus! que melancolia no parnaso! -

Como a natureza se espirala na arquitetura dos astros é possível que a conservação vernacular das neuroses me propague o desmando das partes mínimas de mim, ainda que foda-se.

Ó! a tropelia dos trópicos aliterados na revelação lábio a lábio da mente comum -
e
a ourivesaria manifesta do sentido:

Um sonhador bobado de perfume cambaleia pralém da faixa de pedestres como um barqueiro oscila a harmonia dos movimentos amortecidos, de cá pro fim do rio me desembaraço da correnteza no fluxo de uma circulação.

Ah! A modorra minguante dos meus dias

porque sim.