o real não é um objeto, um atributo do qual
as coisas tomam posse; o real é um sujeito
no percurso do herói, eu acredito que
sou real, mas é o real que toma posse de mim
quando lhe apraz; a minha existência é vazada
e o real me penetra, como penetra um deserto
a desolação não é da natureza do real, mas o real
se traveste em desolação. o real usa a desolação
como um vestido; é do vestido ser inerte.
há uma autonomia anônima do real
nesse deserto
Nenhum comentário:
Postar um comentário