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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Larnaka Blues

No emaranhado das relações, mar de olhares, meus olhos são meus e são de outrem são espelhos e contêm a imagem fogueira luminosa, a expressão dos seus e dos dela, nossos gestos codificando nossa vontade truncada pela insegurança, suavizados pela surpresa do encontro, o entrechoque insuspeito, a revelação tudo que não sei, quando perdi todas opções e a monstruosa limitação, o peso da forma, a herança. Desejo desfocado me consome eu persigo o mundo como uma chama que balança em todos lados um suporte, o anteparo da imaginação, meu universo é a prisão do meu corpo e a visão que o extravasa, que demole as fronteiras. Cada perdão desterrado no suco dos lábios, como um cristal a consumação de um amor que queima, eu vi a luz da estrela penetrando meus olhos milhões de anos bilhões de interações carregadas perfurando minha visão Desequilíbrio; nosso perfil decisório, nosso portfólio de escolhas, nossa especulação estive querendo e querendo querer estou vivo na errância da palavra mas sinto a chaga da rede, a moral de uma fábula em forma fotográfica sobre a passagem do tempo

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