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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Levanto a aba do coldre sob o amarilho,
Pois sinto saudade de ver-te e me aflige
A obsolescência certa da tua efígie
Se o meu dedo nãopenetrasse o seu gatilho.

Disparo! Como me faz falta a tua voz!
-O teu grito solitário na escuridão...
O teu tom preciso dispensa diapasão!-
Como anseio estar de novo contigo à sós!

Aprecio o teu porte magno, o teu tambor,
O teu espírito em espiral sob o cano,
Os teus adornos, o teu perfil...

Quem sabe um dia a majestade desse amor
Não me obrigue ao rito de união (o puritano!)
Disparando-me também direto ao nihil!

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