Quando chove turva a imagem do Ganges,
E sob a superfície aquosa e pálida,
Dilata: sob o tom e o mantra plange
Entre o ego e a idéia se crisálida.
E eis o mito: Deus pela cor refrata
Em arco, halo e luz; segredo e forma:
A impressão de que a tudo se retorna
Tempo - sacro mistério - Templo e prata.
Quando chove, amarga o ato das falanges
vão ruindo a cena, o palco e os atores;
Gestos frágeis se perdem de repente...
Desbota o matiz que me surge à mente
Me impera a lembrança dos meus amores
vazios, como a chuva, sobre o ganges.
Todo
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
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Não sei se me preferiria impossível anônimo porque toda vez que te leio fico algo incapaz de dizer, porque todas as palavras combinadas possíveis que soam bem parecem já estar manifestas no papel para antes da possibilidade de elogiá-las. Mais uma vez me relegaste a um metacomentário...
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