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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Tu és! E mesmo que me faltassem memórias
Do semblante risonho na manhã de outono,
E me esmagasse a força gigante do sono
Mimetizando as parábolas ilusórias,

E mesmo que as tuas feições sempre escapassem
De mim - E eu perdesse a imagem que um dia tive
De ti - E eu deixasse os sonhos de que estive
Munido, esperando que se realizassem...

Quando analizasse o céu, com a minha minúcia
Ou o oceano, o mar! Por certo a natureza
Quando eu visse os rios efêmeros na serra

Reconheceria a inigualável astúcia
Com que Deus, para conservar tua beleza
Repartiu-a entre as maravilhas da Terra!

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