Sou um acidente qualquer, como a montanha
Envergadura infausta da crosta de pedra,
Forçada pelo magma, ela medra
As cumeeiras vastíssimas, sem façanha.
O acaso empenhou-se a planar, como o vento
Que suporta o peso das folhas, quando o outono
Força a abscisão sonora pra morrer com sono
Junto ao humus, deitadas sob o firmamento.
Encarno a beleza dos detalhes tranquilos
Que descansam, à tardinha, nos teus mamilos
Sem revoltas, quando do frisson sob os dentes
Dos teus amantes, condenso a tua beleza
Transfiro-lhe palidez (e certa leveza
De ser), e quem sabe se de repente...?
Todo
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
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irado.
ResponderExcluirpor que tais mamilos não subiriam um acidente? Se eles não se movem, por que não mover o acidente? Não sou amiga da bíblia mas dizem por ae que a fé move montanhas...
ResponderExcluirfriamente, não discordo.
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