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sábado, 25 de outubro de 2008

Que o sono abençoe meus olhos fundos,
E trance meus cílios negros em laços.
Tecendo as pálpebras frias de abraços,
Como as cerrações serenas dos mundos...

E que em sonho adormeçam íris úmidas
E entoem luz nas lágrimas salinas (em)
Cânticos plácidos, turvas retinas,
Num véu devasso sobre as curvas túmidas.

Que eu me enlace enfim em todas as cores
Nos corióides, sorventes sutis,
E me entorpeça o foco cristalino...

Quando abatido por vítreos humores
E oscilações dióptricas senis
Vou dormir a ótica de um menino...

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