Ela finda as noites em soluços
Sobre a coluna fraca e espichada,
Entre as cobertas, na madrugada, e
De manhã põe-se a raspar os buços...
Quando a tarde chega cobre os sábios
Com um suspiro carmesim, louca
E ao crepúsculo oferece a boca
pra beijar o sepulcro dos lábios...
Anos lhe passam sem atenção,
Sentada no living, ela espera
Caírem-lhe brancas sobrancelhas;
O que a memória preserva em vão
Do trejeito vadio de fera,
E do encanto dos olhos em centelhas?...
Todo
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
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uau... diferente esse aí! Gostei.
ResponderExcluirGeniais os dois últimos sonetos.
ResponderExcluirPelo que entendi desse último, uma vida vivida em vão, num cotidiano angustiante... ou algo assim.
O outro exigiu demais da minha capacidade interpretativa hahaha, mas não me impediu de achar o final lindo...
Os outros poemas talvez me sejam modernistas demais, mas 'desencontro' também é ótimo.
Ah, e quanto ao romantismo...
ResponderExcluirÉ uma droga. Viciante.
Eu tento largar, me liberto dele, mas sempre acabo voltando...
É o que faz o amor (ou a falta dele) hahaha.
perfeita comparação...
ResponderExcluirtu és uma grande figura, João Manoel, é um prazer tê-lo entre nós.
ResponderExcluiradorei. lindo lindo lindo.
ResponderExcluirencaixou muito em mim.. que isso.
Muito bom... Muito bom...
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