Esconda-me em murmúrios lassos sob os seus lábios semicerrados e
Escolha o meu nome entre as sílabas permutadas dos seus versos -
Deixe-me derramar a sua pele sob as minhas idéias quando eu
te desenhar num kajal suave entre os nossos olhos;
E enquanto eu me sentir aceso nos seus gestos
E as minhas indecisões esfumarem pela sua boca
Segrede todos os silêncios pelos meus ouvidos
Porque eu te escuto.
Todo
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
converso
"Admiro a verve e o luxo em linho
No que me aparto em certa paragem..."
"Fato é que o espaço sofre a viragem
Que lhe imprimem quasares sozinhos..."
"No abismo sideral o que busca
O olfato inerme do atino humano?"
"Que desepero constrói romanos
Impérios das ruínas etruscas?"
"Que caráter vário trouxe à voga
O uso substantivo do grotesco
E a sílaba tônica primeira?"
"Que capricho a kundalini yoga
E o teatro absurdo de Ionesco
Gerou, como a estrofe derradeira?..."
No que me aparto em certa paragem..."
"Fato é que o espaço sofre a viragem
Que lhe imprimem quasares sozinhos..."
"No abismo sideral o que busca
O olfato inerme do atino humano?"
"Que desepero constrói romanos
Impérios das ruínas etruscas?"
"Que caráter vário trouxe à voga
O uso substantivo do grotesco
E a sílaba tônica primeira?"
"Que capricho a kundalini yoga
E o teatro absurdo de Ionesco
Gerou, como a estrofe derradeira?..."
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Bolo de rolo
Em xátria forma retorna da xepa
A parte e sucre menor da partícula
Pelas mãos febris do (re)trato agrícola
Ao fremir esponjoso da carepa.
Colheita! Perfazem fazeres ciclos
Fase: por receita trigo e goiaba-
Se ainda bóia - mais leite e ovo acaba
O rolo - em que por tabela entrou o mico.
Rogo a ti: não me negues o prazer
De em bolo presentear-te, princesa.
(crueldade sóbria e natural)
Me apenas permita vê-la tremer
Por desejo, e ainda sentar à mesa,
Enquanto o devoras como um chacal...
A parte e sucre menor da partícula
Pelas mãos febris do (re)trato agrícola
Ao fremir esponjoso da carepa.
Colheita! Perfazem fazeres ciclos
Fase: por receita trigo e goiaba-
Se ainda bóia - mais leite e ovo acaba
O rolo - em que por tabela entrou o mico.
Rogo a ti: não me negues o prazer
De em bolo presentear-te, princesa.
(crueldade sóbria e natural)
Me apenas permita vê-la tremer
Por desejo, e ainda sentar à mesa,
Enquanto o devoras como um chacal...
Manual de trocadilhos
Com sangue regar a luxúria e o pranto
Silencioso ou branco como a bruma
Qual abraço crasso que se escuma
Como a onda, como, quase e quanto.
E se fosse, fielmente, ou fizesse
Feliz, mais um outro, como fui eu
Tragando sonho pelo teu palor;
Como desejo que ainda em ti estivesse
Como o esgar sortudo e negro do Eliseu
A marca do nosso primeiro amor!
Silencioso ou branco como a bruma
Qual abraço crasso que se escuma
Como a onda, como, quase e quanto.
E se fosse, fielmente, ou fizesse
Feliz, mais um outro, como fui eu
Tragando sonho pelo teu palor;
Como desejo que ainda em ti estivesse
Como o esgar sortudo e negro do Eliseu
A marca do nosso primeiro amor!
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
para você
Vou lançar a idéia de fingir q nada é sobre coisa nenhuma (ou sobre ninguém)
olá - cê tá bem? cê tá... como?
blá blá - sonho infinito poesia inspiração eu
q tal repetir o tema modulado numa quinta, imbecil?
vamos cirandar em sentido anti-horário com palavras bonitas
tttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttestro forma divino enleio voz
contruir as fugas em coros de brâmanes com as unhas esmaltadas
me mascare como outro só pra eu achar q sou eu mesmo
blá blá - estou sozinho vomitando bêbado e mereço atenção
blá blá - tenho medo de mim
blá blá - sou especial e exigente com a sua inteligência (...)
porque meus textos são muuuuuuuuuuuito difíceis de serem compreendidos
tãããããããõ difíceis q só os realmente sagazes percebem
q no fundo no fundo
eles não têm sentido nenhum.
vc se expressa ou manda recados?
bem - mas expressar-se não é uma palavra bonitinha pra mandar recados?
vou te mandar um recado:
nunca saia a francesa se nao quiser me deixar mto puto.
mas talvez vc queira, quem sabe?
Somos todos estranhos uns aos outros pq não queremos dizer realmente o q se passa pq pensamos que estamos em algum tipo de jogo em que alguém ganha e alguém perde - mas essa é aquela brincadeira mto escrota em que de cara - vc já perdeu
Sabe como é.... o Jogo
Posso te dizer q te odeio, mesmo q seja mentira?
e se eu pedisse pra arrancar os seus globos oculares só pra vc só me ver com outros olhos ?
olá - cê tá bem? cê tá... como?
blá blá - sonho infinito poesia inspiração eu
q tal repetir o tema modulado numa quinta, imbecil?
vamos cirandar em sentido anti-horário com palavras bonitas
tttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttestro forma divino enleio voz
contruir as fugas em coros de brâmanes com as unhas esmaltadas
me mascare como outro só pra eu achar q sou eu mesmo
blá blá - estou sozinho vomitando bêbado e mereço atenção
blá blá - tenho medo de mim
blá blá - sou especial e exigente com a sua inteligência (...)
porque meus textos são muuuuuuuuuuuito difíceis de serem compreendidos
tãããããããõ difíceis q só os realmente sagazes percebem
q no fundo no fundo
eles não têm sentido nenhum.
vc se expressa ou manda recados?
bem - mas expressar-se não é uma palavra bonitinha pra mandar recados?
vou te mandar um recado:
nunca saia a francesa se nao quiser me deixar mto puto.
mas talvez vc queira, quem sabe?
Somos todos estranhos uns aos outros pq não queremos dizer realmente o q se passa pq pensamos que estamos em algum tipo de jogo em que alguém ganha e alguém perde - mas essa é aquela brincadeira mto escrota em que de cara - vc já perdeu
Sabe como é.... o Jogo
Posso te dizer q te odeio, mesmo q seja mentira?
e se eu pedisse pra arrancar os seus globos oculares só pra vc só me ver com outros olhos ?
sábado, 20 de dezembro de 2008
Esse vai pro João Manoel:
"...E enquanto eu vagava livre e disperso
Vinha-me a imagem de um contorno vago
Que aos poucos revela as margens do lago
Sob as cumeeiras alvas submerso
Vejo-o plácido e sereno, e no entanto
Sobre o plano de sua face leve
Um rasgo de ponta a ponta descreve
A trajetória de um cisne branco...
E sob o semblante claro e esbelto
Um reflexo perfeito se projeta
No dioptro liso, como ainda agora,
Ah, Cisne! Morrerás inteiro; exceto
Essa sombra pálida e tão discreta -
Tu restarás pra sempre em minha memória!"
"...E enquanto eu vagava livre e disperso
Vinha-me a imagem de um contorno vago
Que aos poucos revela as margens do lago
Sob as cumeeiras alvas submerso
Vejo-o plácido e sereno, e no entanto
Sobre o plano de sua face leve
Um rasgo de ponta a ponta descreve
A trajetória de um cisne branco...
E sob o semblante claro e esbelto
Um reflexo perfeito se projeta
No dioptro liso, como ainda agora,
Ah, Cisne! Morrerás inteiro; exceto
Essa sombra pálida e tão discreta -
Tu restarás pra sempre em minha memória!"
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
3/4 em dez compassos
A métrica é uma valsa em contratempos
E não é preciso dizer-se único ou pessoal
pra relativizar o que se diz.
A criação se transforma, mas não se esqueça de
Plagiar as vozes que sussurram-te, como o vento sobre as dunas,
Antes de se levantar.
A trindade é falsa - pense só no que lhe vai na superfície
E o ego é uma idéia imprecisa que existe pra te forçar a dizer,
trivialmente, o que lhe desagrada nos seus pais.
Não pense ainda, apenas sugira que se pensa,
Force os olhos nas laterais, e coce o seu queixo
porque nada é melhor do que a antecipação
As cinzas são muros vazados - de lá pra cá
Mas não se pode ver no escuro, sem imaginação,
E a cor não é absoluta;
No escuro, os seus olhos são escuros pra sempre
Ainda que você me diga que eu não deva te olhar
E ainda que nunca tenhas dito
Diga-me que me queres, porque paráfrase não é pecado.
Premedite as inspirações, e confunda seus exageros
Como as sintaxes líquidas na sua língua
Em movimento - ou jardins que oscilem estalos
E os colapsos imperceptíveis dos sorrisos
Lentamente, como as cidades que caem.
Eu ouço o canto morno da aurora sob a minha pele -
(Hoje)
Feche os olhos por mim... e prove a mudez dos meus lábios
Devagar.
E não é preciso dizer-se único ou pessoal
pra relativizar o que se diz.
A criação se transforma, mas não se esqueça de
Plagiar as vozes que sussurram-te, como o vento sobre as dunas,
Antes de se levantar.
A trindade é falsa - pense só no que lhe vai na superfície
E o ego é uma idéia imprecisa que existe pra te forçar a dizer,
trivialmente, o que lhe desagrada nos seus pais.
Não pense ainda, apenas sugira que se pensa,
Force os olhos nas laterais, e coce o seu queixo
porque nada é melhor do que a antecipação
As cinzas são muros vazados - de lá pra cá
Mas não se pode ver no escuro, sem imaginação,
E a cor não é absoluta;
No escuro, os seus olhos são escuros pra sempre
Ainda que você me diga que eu não deva te olhar
E ainda que nunca tenhas dito
Diga-me que me queres, porque paráfrase não é pecado.
Premedite as inspirações, e confunda seus exageros
Como as sintaxes líquidas na sua língua
Em movimento - ou jardins que oscilem estalos
E os colapsos imperceptíveis dos sorrisos
Lentamente, como as cidades que caem.
Eu ouço o canto morno da aurora sob a minha pele -
(Hoje)
Feche os olhos por mim... e prove a mudez dos meus lábios
Devagar.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Transverso
Esse foi pra Fabiana, num momento realmente especial da minha vida - originalmente tinha o nome dela em vários vocativos entre os versos... Às vezes eu acho q ele poderia ter sido melhor escrito, mas a verdade é que, pelo menos durante o meu processo de criação, existem dois tipos de poemas, os que surgem das palavras e os que surgem dos sentimentos - e os do segundo tipo sempre ficam a desejar - pq, como dizia o bom e velho A. dos Anjos "esbarra no molambo da língua paralítica". pois é - esse é o exemplar factual do segundo tipo...
Estou atravessado em você, querida,
De várias maneiras.
E isto é,
Como a cadência: uma proporção do ritmo,
Morno e encharcado num feixe de luz,
Concentrado, e puro.
Eu me projeto nessa onda, sem distrações,
Atento, feito a prontidão firme de um rio,
Que, mesmo sob condições infelizes que lhe ofereça o acaso,
Não deixa de correr.
E eu, que embora ignorante, reconheço essa grandeza,
Em suas diversas manifestações,
Também não hei de esquecer o meu passo.
Os exemplos jamais me convencem, e as comparações litúrgicas,
que batem os domingos na minha cabeça
São pálidos ecos do sentimento, e não me interessam.
Mas nem sempre fui assim; E minha razão me diz,
persuasivamente, que venho mudando aos poucos
De acordo com o tempo e com as pessoas,
com quem troco enganos.
Mas eu sei que não é verdade, e sendo intuitivo feito uma formiga,
como sou,
confio nessa vasta e vaga impressão que tenho,
de que algo grande está por vir.
Estou atravessado em você,
e quero insinuar toda a desdordem que me vem no cérebro
no seu espírito, como uma melodia
incidente, suave e estranha, que lhe perpasse os ouvidos com carinho
e calma, na delonga de um beijo faminto.
Fui transformado! E eu te dedico cada hora,
Porque estou transverso, como um jovem suspiro,
estou transverso
em você.
Estou atravessado em você, querida,
De várias maneiras.
E isto é,
Como a cadência: uma proporção do ritmo,
Morno e encharcado num feixe de luz,
Concentrado, e puro.
Eu me projeto nessa onda, sem distrações,
Atento, feito a prontidão firme de um rio,
Que, mesmo sob condições infelizes que lhe ofereça o acaso,
Não deixa de correr.
E eu, que embora ignorante, reconheço essa grandeza,
Em suas diversas manifestações,
Também não hei de esquecer o meu passo.
Os exemplos jamais me convencem, e as comparações litúrgicas,
que batem os domingos na minha cabeça
São pálidos ecos do sentimento, e não me interessam.
Mas nem sempre fui assim; E minha razão me diz,
persuasivamente, que venho mudando aos poucos
De acordo com o tempo e com as pessoas,
com quem troco enganos.
Mas eu sei que não é verdade, e sendo intuitivo feito uma formiga,
como sou,
confio nessa vasta e vaga impressão que tenho,
de que algo grande está por vir.
Estou atravessado em você,
e quero insinuar toda a desdordem que me vem no cérebro
no seu espírito, como uma melodia
incidente, suave e estranha, que lhe perpasse os ouvidos com carinho
e calma, na delonga de um beijo faminto.
Fui transformado! E eu te dedico cada hora,
Porque estou transverso, como um jovem suspiro,
estou transverso
em você.
Desodorante
Trava-me o ponto molambo na língua
Calejo praticável das catástrofes
Em rima se funde o viés de anástrofe
Junto ao porte intelectual da míngua.
Na ausência impreterível de formato
faltando-me o gênio claro (posposto)
Conjuro o gesto, à carater de rosto
Imperativo do ébrio, ou inexato.
Já dizia a vovó subindo motes
(Enquanto o priminho mascava goma)
Sobre a parcimônia alva dos meus dotes
Indo Aforismo à guisa de axioma
"Filho, em toda a tribo dos hotentotes
Tu hás de reconhecer-te pelo aroma!"
Calejo praticável das catástrofes
Em rima se funde o viés de anástrofe
Junto ao porte intelectual da míngua.
Na ausência impreterível de formato
faltando-me o gênio claro (posposto)
Conjuro o gesto, à carater de rosto
Imperativo do ébrio, ou inexato.
Já dizia a vovó subindo motes
(Enquanto o priminho mascava goma)
Sobre a parcimônia alva dos meus dotes
Indo Aforismo à guisa de axioma
"Filho, em toda a tribo dos hotentotes
Tu hás de reconhecer-te pelo aroma!"
Decaem silvos d'ouro sobre a rósea
Costa, ao largo vibrante dos meus braços;
Sejam parelhos secreções e abraços -
Vertigem! - Consumidos qual Ambrósia.
E no espasmo febril dos amplexos
Unem-se os corpos tangentes em mágoa;
Flor que és, defloro-te sob a anágua,
Quisera ver teus ancestrais perplexos!
Já do prenúncio felado: o final
Fulgurante! Bem sabes que já és minha,
Figura Loquaz, me tocas punheta...
Sodomizo-te, encanto celestial!
Tolos os homens que louvam a rainha,
Não há reino que supere a tua buceta!
Costa, ao largo vibrante dos meus braços;
Sejam parelhos secreções e abraços -
Vertigem! - Consumidos qual Ambrósia.
E no espasmo febril dos amplexos
Unem-se os corpos tangentes em mágoa;
Flor que és, defloro-te sob a anágua,
Quisera ver teus ancestrais perplexos!
Já do prenúncio felado: o final
Fulgurante! Bem sabes que já és minha,
Figura Loquaz, me tocas punheta...
Sodomizo-te, encanto celestial!
Tolos os homens que louvam a rainha,
Não há reino que supere a tua buceta!
sábado, 13 de dezembro de 2008
Sobre falar de si, pra falar de ti
desordem
aaaaaaaaaa e a dúvida é uma entrelinha do pensamento
Pra seguirgggggggggg esquematicamente o nexo da rima
E a vontade de dizer-se em rodeios,
Você
aaaaaaq que é por mim
a imagem vária das canções
e me disse cccccccccc em juízos planos
A personalidade dos abraços em dois
Eu
wwwe quis derramar-me em segundos, como
Não
wwwww estou bem vestido dessa vez, nem
soube dizer
aaaaa as palavras certas, mesmo que
Tentar seja a indução categórica de que se erra
ou as palavras erradas não importem pros olhos se os olhos
estão juntos;
porque eu Tenho
wwwwwwo defeito de ser suficientemente falso
só pra não causar constrangimentos,
E se tentei te confundir só porque estou confuso
wwwwwwwwwwwwwwwe acuso
a minha confusão em todos os dedos
Quão original se pode ser descrente
Mas aberto, ffffffffffffffffffffe descrever o seu contorno
Pela única e exclusiva razão de dizer que ele é bonito
ou que os meus sonhos são projeções desleais da sua voz
Diga-me o seu nome - porque
eu tenho a impressão de tê-lo ouvido antes,
wwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwrepetidamente
Como a sua presença insinuante em mim,
e a ilusão tátil das suas mãos entre os meus cabelos
Diga-me o seu nome
só pra eu poder gritar.
aaaaaaaaaa e a dúvida é uma entrelinha do pensamento
Pra seguirgggggggggg esquematicamente o nexo da rima
E a vontade de dizer-se em rodeios,
Você
aaaaaaq que é por mim
a imagem vária das canções
e me disse cccccccccc em juízos planos
A personalidade dos abraços em dois
Eu
wwwe quis derramar-me em segundos, como
Não
wwwww estou bem vestido dessa vez, nem
soube dizer
aaaaa as palavras certas, mesmo que
Tentar seja a indução categórica de que se erra
ou as palavras erradas não importem pros olhos se os olhos
estão juntos;
porque eu Tenho
wwwwwwo defeito de ser suficientemente falso
só pra não causar constrangimentos,
E se tentei te confundir só porque estou confuso
wwwwwwwwwwwwwwwe acuso
a minha confusão em todos os dedos
Quão original se pode ser descrente
Mas aberto, ffffffffffffffffffffe descrever o seu contorno
Pela única e exclusiva razão de dizer que ele é bonito
ou que os meus sonhos são projeções desleais da sua voz
Diga-me o seu nome - porque
eu tenho a impressão de tê-lo ouvido antes,
wwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwrepetidamente
Como a sua presença insinuante em mim,
e a ilusão tátil das suas mãos entre os meus cabelos
Diga-me o seu nome
só pra eu poder gritar.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Eu confesso que...
Á Juno dedico a minha falha
E espero o retrato negligente
Cujo foco, à margem do aparente,
Rareia, e como a inocência, calha.
Não me julgo vão, ou incoerente;
E se aguardo só o tempo me espalha
A calva aberta, e o cheiro de malha,
Vaidosa e cotidianamente.
Garanto a plangência do detalhe
E a pujança triste da lamúria,
Se no planeta não me houver páreos...
Quando desse dia, meu grand finale
Será convertê-la, e em prosa espúrea
Gabar-me dos prêmios literários!
E espero o retrato negligente
Cujo foco, à margem do aparente,
Rareia, e como a inocência, calha.
Não me julgo vão, ou incoerente;
E se aguardo só o tempo me espalha
A calva aberta, e o cheiro de malha,
Vaidosa e cotidianamente.
Garanto a plangência do detalhe
E a pujança triste da lamúria,
Se no planeta não me houver páreos...
Quando desse dia, meu grand finale
Será convertê-la, e em prosa espúrea
Gabar-me dos prêmios literários!
domingo, 7 de dezembro de 2008
O que me interessa
O harpejo das transiências e hhhhjo laço das suturas
A Harmonia das fragrâncias e a hhcadência impressiva dos lábios
O espaço vazio - sedado e avesso, a delicadeza em prontidão do tato;
A atmosfera amarga e hhhhho peso das expansões sustidas
A volatilidade dos sólidos e wo ritmo transcendente dos segundos
Os gemidos candentes em frases
eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee e a sensualidade das farsas sutis
O palato rígido dos rostos - a flexibilidade dos fluidos tensos - e a
Tangência de véus ocultos.
A Harmonia das fragrâncias e a hhcadência impressiva dos lábios
O espaço vazio - sedado e avesso, a delicadeza em prontidão do tato;
A atmosfera amarga e hhhhho peso das expansões sustidas
A volatilidade dos sólidos e wo ritmo transcendente dos segundos
Os gemidos candentes em frases
eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee e a sensualidade das farsas sutis
O palato rígido dos rostos - a flexibilidade dos fluidos tensos - e a
Tangência de véus ocultos.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Para
A ânsia de se estar vazio é como a pronúncia de um bocejo
Mas não há regras pra se passar o tempo -
Pra mim, há um certo desânimo em agir -
porque a origem do ato é
o esquecimento de que se espera;
Não sei o que espero, mas creio que
Se não esperasse, eu agiria.
Existe uma certa qualidade no ócio
E a lucidez do sono é como a ausência de certezas:
Lúcida.
A fragmentação do poema é como a tarde que cai
Mas a tarde não cai - ela gira,
e nem tão devagar assim, se você tiver bons olhos
A dedicatória é um risco que se toma,
Mas eu acho que não sei falar,
Porque se soubesse não escreveria;
E afinal de contas se causa uma impressão
Com a discrição de uma vogal acentuada,
Mas eu não quero causar impressões
A verdade é que não sei o que quero,
E sinto um certo prazer em cair em contradição
Mas não se cai em contradições; gira-se em contradições
e nem tão devagar assim, se você tiver bons olhos;
Estou sozinho, mas todos estamos -
então é como se estivéssemos juntos.
A fragmentação da mente é como a liberdade
Mas não se é livre sem escolha;
E a responsabilidade da escolha também não é livre.
Estou sozinho em fragmentos -
Mas você está também - estou me repetindo;
Mas pelo menos a repetição supõe um ritmo
Quer dançar?
Mas não há regras pra se passar o tempo -
Pra mim, há um certo desânimo em agir -
porque a origem do ato é
o esquecimento de que se espera;
Não sei o que espero, mas creio que
Se não esperasse, eu agiria.
Existe uma certa qualidade no ócio
E a lucidez do sono é como a ausência de certezas:
Lúcida.
A fragmentação do poema é como a tarde que cai
Mas a tarde não cai - ela gira,
e nem tão devagar assim, se você tiver bons olhos
A dedicatória é um risco que se toma,
Mas eu acho que não sei falar,
Porque se soubesse não escreveria;
E afinal de contas se causa uma impressão
Com a discrição de uma vogal acentuada,
Mas eu não quero causar impressões
A verdade é que não sei o que quero,
E sinto um certo prazer em cair em contradição
Mas não se cai em contradições; gira-se em contradições
e nem tão devagar assim, se você tiver bons olhos;
Estou sozinho, mas todos estamos -
então é como se estivéssemos juntos.
A fragmentação da mente é como a liberdade
Mas não se é livre sem escolha;
E a responsabilidade da escolha também não é livre.
Estou sozinho em fragmentos -
Mas você está também - estou me repetindo;
Mas pelo menos a repetição supõe um ritmo
Quer dançar?
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