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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

vou te abrir em sugestões delicadas:

Esconda-me em murmúrios lassos sob os seus lábios semicerrados e
Escolha o meu nome entre as sílabas permutadas dos seus versos -
Deixe-me derramar a sua pele sob as minhas idéias quando eu
te desenhar num kajal suave entre os nossos olhos;
E enquanto eu me sentir aceso nos seus gestos
E as minhas indecisões esfumarem pela sua boca
Segrede todos os silêncios pelos meus ouvidos
Porque eu te escuto.

28 comentários:

  1. esse poema entra pela pele, e não pelos olhos.

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  2. "Segrede todos os silêncios pelos meus ouvidos
    Porque eu te escuto"

    isso é sensivelmente incrível

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. porque nao podem querer te conhecer pessoalmente? é um quem sou eu curioso demais.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. mudei de idéia; pelos ouvidos, com certeza.

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  7. Descrição fiel dos momentos em que as palavras são desnecessárias...
    Na qual a percepção muda revela o pensamento.
    Muito bom esse seu post.

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  8. Caro amigo João Medeiros...

    Porque você busca a perfeição, digo: derramar 'sob'? Até é possível derramar algo sob algo, mas num contexto muito estranho. Acho que o correto seria 'sobre', não?

    Bom poema, embora eu ainda ache que não entendi tudo o que você escreveu e que entendi coisas que nem passaram pela sua cabeça.

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  9. Caro sr. Anônimo;

    A sua presunção me irrita profundamente.

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  10. não é necessário entender tudo. isso é com ele, ele que precisa saber o que está escrevendo, ou não até.
    repito, anônimos não estão com nada!

    e gostei muito, ótima sonoridade e dá pra sentir tudo aquilo que você botou no papel.
    mesmo sem entendermos tudo o aquilo.

    ps: a foto está bem junkie, o que é sexy.
    beijos, pete.
    with love,
    amy

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  11. pete, we are so junkies..
    http://img223.imageshack.us/img223/2439/amywinehouse2jy3.jpg
    and friends!
    http://finissimo.com.br/misterblog/wp-content/uploads/2008/05/casal.jpg
    and don't forget our little rats!
    here they are:
    http://www.zimbio.com/Amy+Winehouse/articles/993/AMY+WINEHOUSE+PETE+DOHERTY+PLAY+MICE+KITTENS

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  12. "E enquanto eu me sentir aceso nos seus gestos
    E as minhas indecisões esfumarem pela sua boca
    Segrede todos os silêncios pelos meus ouvidos
    Porque eu te escuto."

    MUITO lindo.

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  13. Achei bem sinestésico e cinestésico haha.

    A cor que me vem é o branco.
    E eu sinto uma flutuação... haha, curioso.
    E me transmite leveza, muita leveza.

    No final, imagino uma cortina de seda tremulando pelo vento de uma janela aberta, cuja vista dá para um mar azul sem fim, e que está acima de uma cama.

    Bizarro?

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  14. pela leveza, poderia até ser essa a cena... mas eu já imagino à noite, sem vista da janela, apenas uma lembrança, um forte desejo e uma folha em branco - simples e intenso, como o poema.

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  15. esse foi trabalhoso - fiquei umas 5 horas na frente do computador; aaheuaehuau. (pior q é verdade). Fui naquele clima Bandeira "cai gota a gota do coração" xD

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  16. Caro amigo João,

    eu não fui presunçoso. Aliás, me acusei de não ter entendido todo o poema. Além disso, quando lemos, é normal entender coisas que o autor nem imaginou. Não implica que o leitor é superior ou inferior, assim como não foi minha intensão afirmar a superiodiade ou a inferioridade de alguém.


    Também não disse, Luísa, que temos de entender tudo ou que o fato de não entendermos tudo significa que o João escreve mal. Só destaquei que não havia entendido tudo porque estava ELOGIANDO o poema, e daí veio a necessidade de dizer isso. Soa estranho para mim, embora eu faça isso diversas vezes - como fiz agora -, elogiar algo que não entendi completamente.

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  17. olha anonimo - eu não disse nada de superior, inferior, vc tirou isso da sua cabeca xD. Vc é presunçoso por fazer (indelicadamente huhu) sugestões pro meu poema dizendo o que seria correto ou não, só isso. Assim - não fique chateado... eu só te achei meio irritante mesmo assim de bobeira - tipo - obrigado pelo elogio - se bem q um elogio anônimo é uma coisa bem escrota.

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  18. autopsicografia, de fernando pessoa



    Autopsicografia

    O poeta é um fingidor.
    Finge tão completamente
    Que chega a fingir que é dor
    A dor que deveras sente.

    E os que lêem o que escreve,
    Na dor lida sentem bem,
    Não as duas que ele teve,
    Mas só a que eles não têm.

    E assim nas calhas de roda
    Gira, a entreter a razão,
    Esse comboio de corda
    Que se chama coração.

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