Á Juno dedico a minha falha
E espero o retrato negligente
Cujo foco, à margem do aparente,
Rareia, e como a inocência, calha.
Não me julgo vão, ou incoerente;
E se aguardo só o tempo me espalha
A calva aberta, e o cheiro de malha,
Vaidosa e cotidianamente.
Garanto a plangência do detalhe
E a pujança triste da lamúria,
Se no planeta não me houver páreos...
Quando desse dia, meu grand finale
Será convertê-la, e em prosa espúrea
Gabar-me dos prêmios literários!
Todo
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
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Juno, como deusa que é, se orgulharia mais do teu talento do que da tua falha, com certeza... lindo soneto.
ResponderExcluirPressinto um amor antigo.
ResponderExcluirO que você prefere, Mr. Suco?
Um nobel de literatura ou um amor para vida toda?
Belo poema.